PREVINA A DOR DO LADO DE FORA DO JOELHO

PREVINA A DOR DO LADO DE FORA DO JOELHO

A síndrome da banda iliotibial é caracterizada por uma dor localizada no lado de fora do joelho, muito comum em corredores de longas distâncias. Trata-se de uma lesão por sobrecarga, ocasionada pelo movimento repetitivo de extensão e flexão da perna executado durante a corrida, o que causa o atrito e consequentemente a inflamação da banda iliotibial - camada de tecido que cobre a superfície externa do músculo da coxa e se estende do quadril ao joelho.

Segundo Ana Carolina Villa-Lobos, fisioterapeuta e sócia da Spalla Fisioterapia, de São Paulo, existem vários fatores que podem desencadear o problema em corredores, como o volume de treino excessivo, correr em declive ou fraqueza da musculatura abdutora do quadril. "Um estudo realizado em corredores, pela Universidade de Stanford, encontrou um aumento de ativação da musculatura adutora do quadril durante o ciclo de corrida, o que significa que havia uma diminuição na capacidade dos abdutores do quadril (glúteo médio e mínimo) de controlar, de forma excêntrica, o movimento de adução", comenta a fisioterapeuta.

Ela explica que o atrito gerado durante a corrida acontece no momento de maior tensão da banda, quando a flexão do joelho está entre 20º e 30º. "É um movimento repetitivo que o atleta mantém por muito tempo e pode sobrecarregar a banda dependendo do volume da atividade", afirma, dizendo que a inflamação da banda iliotibial gera uma dor bem desconfortável, que inclusive dificulta a manutenção da atividade.

A dor é localizada no lado de fora do joelho, mas também atinge parte da coxa. Normalmente é sentida durante a atividade. Se manifesta após um tempo correndo, mas depois do exercício para. Também pode ser identificada pressionando a área inflamada, que fica dolorida e sensível ao toque. Percebendo o problema, a orientação é o corredor diminuir a carga de treino e procurar um especialista para tratamento, que prevê sessões de analgesia, fortalecimento muscular e alongamento. "Só há necessidade de interromper o treino quando a dor for muito aguda e dificultar o exercício. Nesse caso, o ideal é parar uma ou duas semanas", ressalta Ana Carolina.

Para prevenir o problema, salienta a fisioterapeuta, é fundamental ter o acompanhamento de um profissional que oriente o trabalho de alongamento e fortalecimento do grupo muscular envolvido no respectivo movimento. "É importante trabalhar os músculos estabilizadores do quadril (médio e mínimo), além dos adutores, abdutores. Assim como os extensores e flexores da coxa", sugere.